O currículo cego é uma tendência que surgiu na Europa e que vem ganhando o mundo. Trata-se de uma nova abordagem de recrutamento, que tem o objetivo de ser mais democrática e justa para todos os candidatos.
Na prática, o currículo cego é aquele que exclui informações pessoais que possam gerar discriminação. Por exemplo: uma mulher que coloque no currículo que tem filhos pequenos pode ser alvo de um julgamento prévio. O mesmo ocorre com um profissional com mais de 50 anos de idade, que pode ser excluído automaticamente do processo de seleção por ser considerado velho.
A ideia é justamente acabar com todos os pré-julgamentos que prejudicam os potenciais candidatos a uma vaga de emprego. Essa nova tendência de recrutamento tem sido adotada principalmente por empresas de base tecnológica, startups e organizações mais modernas, que entendem que o ambiente de trabalho se torna mais rico e produtivo quando existe diversidade.
Por que o currículo cego é importante?
Com o CV cego, os candidatos não precisam apresentar dados pessoais como idade, gênero e outras informações que possam ser objeto de preconceito por parte dos recrutadores. No Brasil, este conceito ainda é muito novo. Por isso, por aqui, a maior parte das empresas ainda adota o currículo tradicional. Mas a tendência é que o CV cego ganhe mais adesão num futuro próximo.
Ao excluir do currículo dados como gênero, idade, endereço e nacionalidade, todos os candidatos começam a disputa da vaga com chances iguais, sendo avaliados apenas por suas qualificações, competências e experiências profissionais, sem nenhum tipo de julgamento de valor. A nova abordagem combate todo tipo de discriminação na fase de recrutamento.
O CV cego dá ênfase às qualidades dos profissionais e todas as outras informações só são reveladas na fase das entrevistas presenciais. Assim, nenhum candidato é desclassificado por causa da idade, do gênero ou por morar longe da empresa, por exemplo.
Todos os tipos de preconceitos, até mesmo aqueles inconscientes, são evitados na seleção para que os candidatos não sejam descartados de forma automática por conta de racismo, sexismo, homofobia ou outras formas de discriminação. Com este novo método de recrutamento, os profissionais de seleção conseguem analisar melhor o perfil profissional de cada candidato, chegando à conclusão se ele está apto para a vaga.
