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Dia nublado, céu totalmente cinza (poluição, talvez?) de uma terça-feira melancólica de Dezembro. Não. Isso não é um trecho de um rap ou o diário de bordo do Lucas Silva e Silva (quem lembra?) … talvez diário de bordo até seja, só que não de um viajante, e sim, de um caminhante.

Eu (caminhante) carrego comigo algo que ainda não sei dizer se é bom ou ruim: esconder o que sinto. Se estou feliz logo nota-se. Se ansioso, o pé batendo em constante movimento “fala” por si só. Se triste, o silêncio é o que me entrega. Disfarçar não é meu forte, mesmo que muitas das vezes eu gostaria de conseguir. E hoje, mais uma vez, falhei nesta missão. Logo perceberam que havia algo errado então fui obrigado a usar o bom e velho “nada não, é só cansaço/sono” que eu tenho certeza que você já usou também como rota de fuga (rs).

Entretanto, nós dois sabemos bem que isso não funciona com todo mundo. Sempre tem alguém que possui a kryptonita que quebra nossa resistência e diminuí nossa força nos fazendo desabafar, certo? Sim ou não, eu tenho!

Pessoas específicas, escolhidas a dedo, selecionadas por assunto igual a uma prateleira em livraria. Porque não sei você, só que eu não consigo desabafar sobre todos os assuntos com a mesma pessoa. É separado, por tema, capítulo e subtítulo. Tem a dos relacionamentos, tem o do trabalho, tem a da faculdade, tem o do tempo… cada um fica responsável em me ouvir sobre um tema. Mas, ainda não é o suficiente pra mim. Sinto a necessidade de escrever!

“Escrever é tirar um raio-x do coração”.

Só quando coloco em letras, manuais ou virtuais, é que consigo de fato pôr pra fora. “Escreverleologia” quem sabe não seja a minha especialização depois de Psicologia. Até porque, quem mais vai entender de algo que eu inventei? (Inscrições Abertas).

Há pouco tempo li esta frase e para mim fez todo o sentido. Escrevendo é que revelo de forma autêntica o que eu sinto. Falando ou contando a alguém, deixa de ser um raio-x e passa a ser uma foto, onde manipulo o conteúdo usando o photoshop da minha insegurança em revelar parcialmente o que sinto.

Pode parecer bobagem ou para alguém isso faça total sentido, só que depois de escrever essas 27 linhas – 28 com essa – (e sim, eu contei!) já me sinto bem melhor. Já conversei com a pessoa especializada no tema da minha aflição de hoje, – se você estiver lendo este texto saberá que é você – mas só agora eu sinto total alívio, depois de escrever.

Termino com a citação de um cara que assim como eu gosta de escrever o que sente, Pedro Gabriel. Não conhece né? Ok, vou te ajudar: vulgo “Eu me chamo Antônio”. Aquele, que escreve em guardanapos conhece? Se não conhece, te aconselho a conhecer. Ele diz:

“Pra onde vão os nossos silêncios quando deixamos de dizer o que sentimos?”

Expressar o que sentimos se faz necessário e traz alívio pra alma. Seja escrevendo, seja cantando, seja compondo, seja pintando, seja sorrindo, seja chorando. Se expressar faz bem ao nosso coração e você tem esse poder e capacidade de o fazer. Experimente, arrisque, se expresse.

Na dúvida, eu escrevo, pelo menos assim sei exatamente onde está aquilo que sinto: no coração, nas palavras e agora na sua tela.

Por Rodrigo Reis
Auxiliar de Seleção

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