Você já ouviu falar de comunicação não violenta?
Você já ouviu falar de comunicação não violenta?

A comunicação desempenha papel fundamental dentro de qualquer organização, isso você já deve estar careca de ouvir.

Mesmo assim, nem sempre a devida atenção é dedicada à comunicação, que acaba sendo realizada de maneira instintiva e emocional, o que frequentemente faz com que a comunicação dentro das empresas fique deixando a desejar.

No entanto, existem técnicas e estratégias de comunicação que surtem efeito comprovadamente positivo no contexto organizacional, como é o caso da chamada Comunicação Não Violenta.

O que é Comunicação Não Violenta?

Por mais que isso ocorra de maneira não intencional, é normal que nos diálogos do quotidiano profissional, palavras acabem ocasionando mágoa, dor, estress, constrangimento e toda sorte de mazela emocional para um ou mais dos lados envolvidos.

Ademais, é perceptível que essa característica “violenta” do discurso é frequentemente potencializada quando as palavras vem de uma figura de autoridade, gestão ou liderança dentro da organização.

Por isso, a Comunicação Não Violenta se propõe a remediar esse problema e todas as suas repercussões negativas através do exercício da atenção na escolha de palavras, da prática da atenção ativa e ainda outros mecanismos.

Como funciona a Comunicação Não Violenta?

Com os objetivos que citamos no ponto anterior, a Comunicação Não Violenta opera através do esforço consciente do interlocutor para seguir, em sua comunicação, alguns princípios que podem ser divididos, para fins didáticos, em 4 passos fundamentais, sendo eles:

  • Falar e ouvir sem exercer julgamentos;

É imprescindível que, nesse primeiro passo, sejam distinguidas observações factuais de interpretações e julgamentos. Devemos nos ater a discutir fatos objetivos e observáveis, e não interpretações dos mesmos.

  • Atentar-se a perceber o que sentimos e quais sentimentos suscitamos nos outros a partir do conteúdo do diálogo;

Nessa etapa, procuramos dar nome aos sentimentos que aparecem no nosso íntimo. Mais uma vez, é preciso diferenciar o que nós sentimos daquilo que pensamos ou atribuímos ao sentimento. Um bom exemplo é: Eu me sinto irritado, e não “eu não suporto quando você faz isso ou aquilo”.

  • Reconhecer quais necessidades são implicadas pelo surgimento desses sentimentos;

O terceiro passo gira ao redor das “necessidades”, que são o foco central da comunicação não violenta.

Nele, devemos nos certificar de tomar nota de quais necessidades surgem em decorrência dos sentimentos, sejam eles nossos ou do nosso interlocutor.

Além disso, é nesse passo que definimos o que é importante, ou seja, quais as prioridades e quais as estratégias que pretendemos usar para sanar essas necessidades.

  • Fazer pedidos e tomar ações necessárias para realizar os do outro;

Nesse último passo da comunicação não violenta, o objetivo é explicitar de maneira clara, honesta e objetiva o que desejamos do outro.

Assim, é possível que ambos os lados possam ter empatia pelo outro, e facilita a realização, de fato, dos pedidos feitos.

É importante, no entanto, que façamos distinção clara entre um pedido e uma ordem ou demanda. Assim, é muito mais indicado que digamos “Você pode fazer isso?” do que, simplesmente, “Faça isso”.