A importância do hábito
A importância do hábito

Ao discorrer sobre a obra de Aristóteles, o filósofo estadunidense Will Durant concluiu, em 1926: “Nós somos aquilo que fazemos repetidamente. Excelência, então, não é um ato, mas um hábito”.

Sem dúvidas, a colocação do pensador foi cirúrgica – afinal, obter êxito em qualquer empreitada, seja na vida profissional ou pessoal, muito depende de cultivar bons hábitos.

Da mesma maneira, vale lembrar que maus hábitos são frequentemente a causa dos nossos problemas, falhas e insuficiências. Contudo, se livrar de um hábito negativo pode parecer difícil ou até mesmo impossível.

Por isso, nesse artigo vamos pontuar alguns hábitos notoriamente bons (e outros maus), além de tratar de como a neurociência explica a importância do hábito e como é possível cultivar aqueles que julguemos desejáveis enquanto nos livramos dos deletérios. 

Vamos lá!

Por que hábitos são tão importantes?

A importância do hábito vem sendo discutida há milênios. Contudo, com o advento da medicina e neurociência modernas, finalmente é possível entender os motivos pelos quais cultivar bons hábitos é tão essencial para obter sucesso.

Estudos apontam que escolher desempenhar uma atividade que não é um hábito requer, em termos leigos, um “esforço” maior por parte do cérebro – um maior “gasto de energia”. 

Isso acontece porque tomar a decisão de se desviar do comportamento “automático” requer o que a neurociência chama de Função Executiva, que por sua vez é limitada e requer esforço consciente.

Assim, a resposta se torna nítida: cultivar bons hábitos torna o processo quotidiano de fazer as escolhas mais produtivas e benéficas mais fácil e orgânico.

Como cultivar bons hábitos e se livrar dos maus?

Sabendo então da importância dos hábitos, como exatamente podemos facilitar o processo de cultivar aqueles que desejamos e descartar os que julgamos como negativos?

Frequentemente ouvimos dizer que uma rotina se torna hábito se a repetirmos por um determinado número de dias. Contudo, não há evidência de que esse tipo de afirmação é condizente com a realidade – e, pelo contrário, que um hábito pode se formar em qualquer período de tempo entre 18 e 254 dias.

Por isso, nutrir a expectativa de criar um hábito em 21, 30, ou sejam quantos dias pode ser uma receita para o insucesso e frustração.

Existem, contudo, algumas boas dicas para cultivar bons hábitos, como por exemplo:

  • Defina, no papel, uma rotina que inclui os hábitos que você deseja cultivar;
  • Procure encontrar pequenas maneiras de se recompensar por cultivar seu hábito;
  • Evite a “fadiga da decisão”, buscando realizar as tarefas que te parecem mais difíceis ou cansativas no começo do dia, quando você ainda tem energia;

Quais hábitos são considerados bons ou maus no mercado de trabalho?

Quando se trata do mercado de trabalho, existem alguns hábitos que se repetem com maior frequencia nos profissionais. 

Muitos deles são considerados pontos positivos e até mesmo visto como “soft skills”, enquanto outros podem tornar um profissional menos desejável num processo seletivo.

Configura uma pequena seleção de alguns dos hábitos mais notáveis e mais desejados pelo mercado de trabalho:

  1. Ler rotineiramente;
  2. Ser pontual e disciplinado;
  3. Evitar procrastinação;
  4. Ser proativo;
  5. Ser honesto;
  6. Evitar fofocas;
  7. Pedir ajuda quando necessário;
  8. Se comunicar com clareza;
  9. Sempre buscar se aprimorar.
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