Procrastinação: etimologia e significado
Procrastinação: etimologia e significado

Quer você esteja ciente do significado dessa palavra ou não, é muitíssimo provável que já tenha experimentado a procrastinação (e sem dúvidas as consequências da mesma).

A procrastinação é um comportamento perfeitamente natural – a despeito dos problemas e dores de cabeça por ela acarretados. Contudo, em razão de uma grande parcela da força de trabalho ter feito uma troca do ambiente de trabalho mais rígido e formal dos escritórios pelo contexto mais flexível do Home-Office, a procrastinação tem se provado um empecilho maior do que nunca para a produtividade.

Por isso, é importante que se entenda o que exatamente é a procrastinação, os motivos pelos quais ocorre e por que está tão arraigada no comportamento humano. 

Dessa forma, nesse artigo, nos propusemos a pincelar alguns pontos importantes acerca da procrastinação; a fim de esclarecer suas dúvidas e fornecer a informação que você precisa para combater esse comportamento tão nocivo. 

Vamos lá!

O que é a procrastinação?

As origens do termo vem do latim “Procrastinatus”; no qual Pro significa “À frente” e Crastinatus “De amanhã”.

Mas como essa análise etimológica nos ajuda a compreender o significado do termo procrastinação? Bem, ao contrário de muitas outras palavaras, dessa vez a etimologia pode não deixar o significado do termo tão explícito. Por isso, lá vai uma ajuda:

O ato de procrastinar nada mais é do que o famoso “empurrar com a barriga”, ou “deixar para a última hora”. Isto é, à frente de amanhã (no latim procrastinatus) nada mais é do que jogar alguma responsabilidade, dever ou afazer para a frente, para o futuro, para amanhã.

Por que a procrastinação é tão comum?

Estudos nas áreas da neurociência e psicologia apontam que cerca de 20% da população é considerada procrastinadora crônica.

Mas como se define um procrastinador crônico? Quantas procrastinações por semana, ou por dia, configuram esse quadro? As definições não são tão exatas – se baseando em “procrastinação frequente, que gera grande desconforto no procrastinador, como ansiedade, arrependimento ou outras consequências negativas”.

Contudo, não são apenas esses procrastinadores crônicos que, de fato, procrastinam. Todos nós estamos sujeitos a cair nesse comportamento, mesmo que ocasionalmente.

Isso acontece em decorrência de múltiplos fatores, segundo a neurociência. O principal se trata da necessidade de engajar o que é chamado de “função executiva” em nossos cérebros, para que sejamos capazes de tomar a decisão de realizar uma atividade que não nos é imediatamente prazerosa ou agradável.

Essa função executiva, por sua vez, requer que gastemos esforço e energia e, portanto, é frequente que as pessoas precisem de um enorme esforço para evitar a procrastinação.

Há ainda outro fenômeno que nos ajuda a compreender a natureza da procrastinação. Inicialmente documentado em países da Ásia como China e Japão, o que hoje chamamos de “Procrastinação de vingança da hora de dormir” consiste, basicamente, no ato de fazer coisas que desejamos fazer no horário em que deveríamos estar dormindo, a fim de recobrar o tempo que não temos por conta dos nossos afazeres.

A existência desse fenômeno, segundo a psicologia, sugere que uma vida atarefada demais (muito natural nos dias modernos) pode aumentar drasticamente a tendência à procrastinação.

Como evitar a procrastinação?

Tendo uma compreensão melhor do que é a procrastinação, fica nítida a necessidade de combater esse hábito. Por isso, separamos algumas dicas simples para evitá-lo:

  • Faça seus afazeres mais difíceis no começo do dia, quando ainda estiver bem disposto;
  • Se permita pequenas recompensas pelo seu esforço com frequência;
  • Procure se manter saudável através de bons hábitos alimentares, boa qualidade de sono e exercícios físicos;
  • Empregue largamente as “To-do-lists”, checklists de afazeres que facilitam a visualização das tarefas que precisam ser concluídas e seus prazos.
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