Você sabe quais os critérios para definir um salário?
Você sabe quais os critérios para definir um salário?

Da perspectiva do empregador, a remuneração de um funcionário é calculada de maneira bastante lógica e estratégica, pensando ao mesmo tempo em reter talentos e viabilizar financeiramente as operações da companhia.

Ainda assim, do ponto de vista do empregado, a lógica por detrás desse cálculo pode não parecer tão clara assim.

Por isso, tendo em vista o quão importante é que você esteja equipado para buscar um salário justo, vamos discutir aqui alguns dos pontos chave na hora de decidir o salário de um funcionário. Vamos lá:

1. Média salarial do mercado

Assim como há competitividade entre os profissionais de uma área pelas vagas de emprego, há também concorrência entre as empresas pelos profissionais mais bem qualificados.

Dessa forma, para atrair os profissionais, a competição entre as empresas tende a estabelecer um equilíbrio entre o quanto as empresas estão dispostas a pagar e por quanto os profissionais geralmente estão dispostos a trabalhar.

De maneira geral, essa é a linha de base do salário dos profissionais, e os outros atuam modificando esse valor.

2. Incidência de impostos

Além do valor destinado diretamente ao funcionário, existem outros custos atrelados à contratação de um profissional, como alguns dos seguintes impostos:

  • FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço)
  • Contribuição Previdenciária
  • RAT (Risco Ambiento do Trabalho), etc.

Como esses valores implicam em custo adicional para as empresas, é claro que são contabilizados na hora de definir um salário, afinal, uma empresa precisa que suas contas fechem no final do mês.

3. Média interna de salários

Não podemos deixar de levar em consideração, além da média do mercado, a relação salarial dentre os funcionários dentro da própria empresa contratante.

Seja por hierarquia, senioridade ou outro critério, existe um cuidado por parte das empresas para que os salários dos seus contratados reflitam sua posição dentro da companhia.

Assim, assegura-se que todos se sintam remunerados de maneira adequada e justa em relação aos seus colegas de trabalho.

4. Jornada de trabalho

É quase óbvio, mas um dos principais fatores para se calcular o salário de um funcionário é o número de horas trabalhadas semanalmente.

Isso também pode variar dependendo do seu regime de contratação, seja ele CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), PJ (Pessoa Jurídica), estágio, terceirizado ou ainda outro, a lógica de remuneração por jornada de trabalho pode variar consideravelmente.

Assim, é importante que você se esteja ciente e pesquise mais a fundo quais são exatamente os seus direitos.

5. Qualificação necessária

Seja o seu nível de escolaridade, proficiência em habilidades específicas à sua área (como dominar modelagem em 3D no caso de designers industriais, por exemplo), ou até mesmo o domínio sobre uma ou mais línguas estrangeiras, o grau de qualificação de um profissional tende a ser diretamente proporcional à sua remuneração.

Isso acontece porque qualificações exigem investimento de tempo, dinheiro e esforço por parte dos profissionais.

Assim, quanto mais qualificações uma vaga exigir, menos profissionais estarão aptos para preenchê-la.

6. Grau de responsabilidade e adicional de insalubridade

Mais um fator de peso na hora de calcular o salário de um funcionário se trata de quanta responsabilidade é delegada a ele.

Cargos de maior responsabilidade dentro da empresa refletem necessariamente em salários mais gordos.

Isso também é particularmente verdadeiro quando se trata de cargos nos quais as consequências de uma falha seriam muito grandes, como no caso de pilotos de aeronáutica ou cirurgiões.

Além disso, funções com riscos potenciais à saúde ou integridade do profissional (como no caso de técnicos em radiologia) tendem a possuir salários maiores, de maneira a compensar esses riscos.

Outros